54ª FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE




Nesse exato momento me preparo para visitar meu evento favorito: a Feira do Livro de Porto Alegre. Infelizmente não poderei deixar meu lado consumista - altamente destrutivo em ambientes cercados por objetos retangulares de papel contendo histórias e estórias - se libertar, mas mesmo assim não deixa de ser um momento legal. A Feira de POA certamente não é a maior, nem a melhor, e muito menos a mais barata (os descontos são risíveis e quase insultantes) mas sem sobra de dúvida possui um charme único.


Realizada ao ar livre, num dos pontos mais legais da cidade (Praça da Alfândega) tem um ar de .. sei lá, me faltou um adjetivo! Aquele povareu andando pelas ruas tão amadas por Mário Quintana, cercadas por construções como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), pelo Memorial do RS, pelo Santander, construída sob aquelas calçadas centenárias, tudo contribui para formar uma imagem bela. A Feira se propõe a levar a leitura ao público, às ruas. Claro que esse ideal não passa disso: um ideal! Afinal, num país no qual livros custam, em média, o equivalente a 10% do salário mínimo, o fato de fazer uma feira no centro de uma cidade, sem ingresso ou nada do gênero, acaba sendo infrutifera. Porém, apesar dos pesares, tenho que admitir que adoro!


Claro que tenho minhas razões pessoais, afinal, nasci e morei até os 17 anos a uma quadra da Feira. E posso dizer que a frequentei assiduamente durante todos esses anos, pois minha mãe sempre incentivou a leitura e desde que lembro (a memória é algo complexo, mas me lembro de ganhar livrinhos de colorir lá pelos 4, 5 anos) sempre ganhava um presentinho literário. Nessa horas bate uma nostalgia FDP, pois para voltar do colégio, ir para o inglês, ir ao supermercado, enfim, tudo que eu fazia envolvia passar pela Feira. Era literalmente e romanticamente, a esquina da minha casa.


Os anos passaram, eu já não moro no centro há muito tempo, e há uns dois anos minha verba para os livros diminuiu consideravelmente...Mas não muda meu carinho e apego a esse evento genuinamente porto-alegrense (seja isso bom ou ruim).


Só sei de uma coisa: eu provavelmente não saio de lá sem prejuízo! Nem que seja algo tirado dos balaios de 5 pila!


Nothing changes on New Years Day

Com essa história de crise mundial, bolsas caindo, dólar subindo, banqueiros e empresários desesperados atrás de ajuda estatal (nem vou escrever sobre o assunto, até porque muito já foi escrito e dito e eu não vou acrescentar nada de útil), percebo como as mini-crises das nossas vidas se tornam pequenas. Eu, por exemplo, passo por uma crise no meu emprego, a recessão tomou conta e o real foi dar uma volta pra bem longe do meu bolso e da minha conta corrente, que já antes do dia 10, está no negativo. Mas eu não estou aqui para chorar nem pra reclamar. Em realidade, essa crise resultou em um aproveitamento maior do mundo virtual inútil (entenda-se orkut, msn, sites recreativos, blogs, etc) e tenho lido muita coisa nessa internet louca. Mais do que isso, me sobra tempo para vir aqui e escrever bobagem.
Pronto! Comecei a postagem! Por que digo isso? Porque começar a escrever é uma tremenda dificuldade para mim. Nas provas, quem me olha deve achar que sou louca ou que nao estudei nada, porque fico uma meia hora - no minimo - pensando, olhando pro nada. Tudo em busca da inspiração. A introdução de um texto, no meu entendimento, é essencial para o seu desenrolar, por isso perco tanto tempo começando a escrever. Mas depois que pega no tranco, vai relativamente tranquilo.
Mas essa analogia para por aí. Porque foi o único exemplo de dificuldade com "inícios" que me veio a mente. Gente, quase tudo que começa é bom em seu início, ja pensaram nisso? Começo de amizade, começo de namoro, começo no trabalho, começo de aula, começo de faculdade....Esses momentos, em regra, são maravilhosos, cercados de animação, curiosidade, excitação, onde tudo é legal, todas as pessoas sáo "mara" e tudo parece ser perfeito. Realmente, quando eu era mais jovem (já cheguei na idade saudosista de "no meu tempo...") eu adorava Ano Novo, adorava início do ano letivo, porque tudo parecia reiniciar do zero, chance de mudar tudo que não estava como deveria. Passados os anos, a gente vai vendo que esses inícios são enganadores, que eles no fim das contas não mudam muita coisa, e que, com o inevitável passar do tempo, tudo volta pro seu lugar. Como diz Bono "Nothing changes on New Years Day", as coisas não mudam de um dia pro outro.
Sei que isso pode ser meio pessimista...mas fazer o quê? É inegável! Amigo novo tá preparado pra tudo, é só chamar pra uma ceva, um xis, uma janta, uma noite pra dançar que estará lá, conselhos maravilhosos, juras de amizade eterna...Aí a vida passa, com ela vem as dificuldades, e daqui a pouco sobrou meia duzia que te aguentou passando por barras que mudaram teu jeito de ser e de encarar a vida. Mais do que isso, o que eventualmente ocorre são relacionamentos supervenientes (namoros, casamentos, trabalhos) que acabam por diminuir e, por vezes, praticamente acabar com uma amizade. Na real, sabemos que amizade de verdade (piegas isso) não acaba com casamento, com distância, com porra nenhuma, mas modifica a relação, como qualquer outra, as vezes pra melhor, as vezes pra pior.
Início de namoro entao? Paixão! A pessoa é um sonho, tem os mesmos gostos que tu, tudo é lindo, cada descoberta de interesses comuns, livros que gostam, filmes, passeios, o sexo é maravilhosos... Passam os meses, os anos, e as coisas mudam. Daqui a pouco um descobre que o outro deixa a toalha molhada em cima da cama, que um gosta de dormir com a tv ligada e isso irrita o outro, que um gosta de mortadela e o outro tem ânsia só de ver mortadela e essas coisas idiotas (somada às coisas sérias, como divergência de objetivos na vida, de prioridades e várias outras coisas que dariam uma outra postagem) mudam aquela imagem inicial. Não que mudança seja ruim, as vezes ela modifica pra algo tão bom quanto o que havia no princípio, como um relacionamento estável com confiança, parceria (e claro, de preferência com aquela pitada de fogo, que, convenhamos, é necessário, senão acaba na amizade). Mas muda, e não vai voltar a ser o que era. É como aquela história de que não podemos nos banhar no mesmo rio duas vezes.
Trabalho? Ha! No início a gente quer mostrar serviço, fica mais tarde, chega mais cedo, faz tudinho...Depois! Entra no horário, sai no horário, nem um minuto a mais! E ta certo, mas enfim, é apenas mais um exemplo de modificações.
Ah sei la. Isso tudo não passa de obviedades, que qualquer pessoa com mais de 15 anos aprende na marra. Só sei que penso muito nesse assunto, talvez porque mudanças, ao longo desses meus 25 anos de vida, em regra, têm significado mundança pra pior. Dai fica a merda da nostalgia, essa porcaria que distorce nosso passado, transformando-o em algo melhor do que realmente foi.
Mas eu sou capaz, ao contrário do que muitos podem pensar, de enxergar o lado bom da coisa. Sei que quando estamos em um processo que se inicia, temos que aproveitar aquele momento. Também sei que algo não se torna menos precioso simplesmente em razão da consciência de que nada dura nessa vida. E é nesse tipo de argumentação que o meu lado otimista tenta se agarrar, pra não cair eventualmente num lado "nietzcshe" de encarar a vida.
Por que tudo isso? Porque nesse exato momento, meu desejo profundo é de iniciar coisas: iniciar em um novo emprego, iniciar novos estudos, e iniciar novos relacionamentos...Se eu conseguir pelo menos unzinho desses, já ficarei feliz. Mas dois deles seriam tão bons que talvez eu vire uma Poliana ou uma Velhinha de Taubaté e saia cantando pelas ruas de Porto Alegre num estilo " A noviça rebelde"!

Chorando de rir

Quem me conhece sabe que AMO animais ( essa frase pode ser fonte de muita piada), principalmente cachorros. Mas foi inevitável o acesso de riso que me deu essa foto...



É bem assim...

Sensacional! Dei muita risada lendo esse texto, que encontrei no blog Pudim de Beterraba. Meu Deus, é bem assim... me faz lembrar dos tempos do Chist (Centro Acadêmico da História), onde tudo era (permance, na real eu que to fora hoje) motivo de discórdia. As vezes eu penso que a humanidade é a praga desse mundo...Sério mesmo.
Pelo menos esse tipo de situação, que na vida real pode ser grande fonte de estresse, pode ser motivo de boas risadas.

FESTA DE NATAL
Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
Data: 01 de dezembro
Assunto: Festa de Natal
Tenho o prazer de informar que a festa de Natal da empresa será no dia 23 de dezembro, com início ao meio-dia, no salão de festas privativo da Churrascaria Grill House. O bar estará aberto com várias opções de bebidas. Teremos uma pequena banda tocando canções tradicionais de natal…sinta-se à vontade para se juntar ao grupo e cantar! A árvore de Natal terá suas luzes acesas às 13:00. A troca de presentes de amigo secreto pode ser feita a qualquer momento, entretanto, nenhum presente deverá exceder R$20,00, a fim de facilitar as escolhas e adequar os gastos a todos os bolsos.
Boas festas para vocês e suas famílias,
Patrícia



******Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
Data: 02 de dezembro
Assunto: Festa de Natal
De maneira alguma nosso memorando de 01 de dezembro pretendeu excluir nossos funcionários judeus! Reconhecemos que o Chanukah é um feriado importante e que costumam coincidir com o Natal, mas isso não aconteceu este ano. De qualquer forma, passaremos a chamá-la de ‘Festa de Final de Ano’. A mesma política se aplica a todos os outros funcionários que não sejam cristãos e àqueles que ainda celebram o Dia da Reconciliação. Não haverá árvore de Natal. Nada de canções de natal nem coral. Teremos outros tipos de música para seu entretenimento.
Felizes agora?
Boas festas para vocês e suas famílias,
Patrícia
******


Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
Data: 03 de dezembro
Assunto: Festa de Natal
Com relação ao bilhete que recebi de um membro do Alcoólicos Anônimos solicitando uma mesa para pessoas que não bebem álcool… você não assinou seu nome! Fico feliz em atender o pedido, mas se eu puser uma placa na mesa ‘Exclusivo para AA’, vocês não serão mais anônimos… Como faço então? Nenhuma troca de presentes será permitida, uma vez que os membros do sindicato acham que R$20,00 é muito dinheiro e os executivos acham que $20,00 é muito pouco para um presente.
NENHUMA TROCA DE PRESENTES SERÁ PERMITIDA, certo?
Patrícia
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Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
Data: 07 de dezembro
Assunto: Festa de Natal
Eu não sabia que no dia 20 de dezembro começa o mês sagrado do Ramadan para os muçulmanos, que proíbe comer e beber durante as horas do dia. Talvez a Churrascaria Grill House possa segurar o serviço de bufê até o fim do dia - ou então, embalar tudo para que vocês levem para casa nas marmitas. O que vocês acham disso? Novidades: neste meio tempo, consegui que os membros do Vigilantes do Peso sentem o mais longe possível do bufê de sobremesas; as mulheres grávidas sentem-se o mais perto possível dos banheiros; teremos assentos mais altos para pessoas baixas e comida com baixa-caloria estará disponível para os que estão de dieta. Nós não podemos controlar a quantidade de sal utilizada na comida. Desta forma, sugerimos para estas pessoas com pressão alta provar o gosto primeiro. Haverá frutas frescas de sobremesa para os diabéticos. O restaurante não dispõe de sobremesas sem açúcar.
Nossas profundas desculpas.
Esqueci de alguma coisa?
Patrícia



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Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS FILHOS DA PUTA QUE TRABALHAM NESTA EMPRESA.
Data: 08 de dezembro
Assunto: Festa de Natal DO CARALHO
Vegetarianos!?!?!??! Sim, vocês também tinham que dar sua opinião de merda ou reclamar de alguma coisa!!! Nós manteremos o local da festa na Churrascaria Grill House; quem não gostar, foda-se! Então, como alternativa, seus putos, vocês podem sentar-se quietinhos na mesa mais distante possível da tal ‘churrasqueira da morte’ - como vocês se referiram de forma bastante depreciativa ao utensílio. E vocês terão também sua mesa de saladas de merda, incluindo tomates hidropônicos da casa do caralho & arrozinho grudento pra comer de pauzinho. Aqueles que, naturalmente, ainda não gostaram, podem enfiar tudo no cu.
Ah, espero que vocês todos tenham uma bosta de festa de final de ano! E que dirijam muito, muito bêbados e morram todos, todinhos esturricados por aí.
Escutaram?
A Vaca, diretamente da Puta que Os Pariu!



Dr. Pacheco - Diretor de Recursos Humanos
INTERINOCOMUNICADO PARA TODOS OS funcionários
Data: 10 de dezembro
Assunto: Patrícia Gomes e Festa de Final de Ano
Tenho certeza que falo por todos desejando para a Patrícia um rápido restabelecimento para sua crise de stress. Por conta deste fato, a diretoria decidiu cancelar a Festa de Final de Ano e dar folga remunerada para todos na tarde do dia 23 de dezembro.
Boas Festas,Jonas
Abraços!!!

Frase chiclete

Esses dias, mexendo no orkut (ô praga), encontrei uma frase que não sai da minha cabeça desde então, que é a seguinte:
NÃO TRATE COMO PRIORIDADE QUEM TRATA VOCÊ COMO OPÇÃO
Simples...mas ficou grudada. Acho que em parte, a razão é bem objetiva: eu já fiz muito isso na minha vida. Aliás, se bobear, ainda faço. E porquê? Bom, muitas podem ser as respostas...Penso que a mais otimista seria porque as vezes não percebemos que, enquanto estamos dando tudo de nós mesmos para alguém ou para algo, não há essa reciprocidade desse alguém ou desse algo.
Aí a gente se engana, fica achando desculpas. Por exemplo, se alguém não tem tempo para ti, a gente vai pensar que é o trabalho, a faculdade, a família, qualquer coisa. Nunca iremos pensar que talvez esse alguém nem lembra de ti na maior parte do tempo. Aliás, esse tópico me faz lembrar de um episódio de Sex and the City no qual uma das personagens lê um livro chamado "He is just not into you" que traduzido seria mais ou menos "Ele simplesmente não está afim de ti". Acho até que já tem traduzido para português. Não tenho intenção nenhuma de comprar o tal livro, mas o episódio que rendeu foi ótimo. E a lógica, nesse caso aplicada para relacionamentos amorosos, é mais ou menos essa: se o cara não liga, não procura, não adianta botar a culpa no trabalho ou achar que no fundo no fundo ele quer mas não consegue te ver: querida, ele não esta afim.
Toscamente falando, é mais ou menos isso que acontece quando se dá prioridade para coisas ou pessoas que não te colocam como tal, seja namorado(a), marido, esposa, amigos, família, ou até mesmo a relação que temos com nosso trabalho. Tentamos achar desculpas ou nos convencer que a importância que damos àquilo é recíproca. E muitas vezes não é, e aí queridos leitores...balde de água fria na cabeça. Porque a gente só se desaponta com algo no qual deposita alguma expectativa, do contrário, não ligaríamos. E esse é um problema insolúvel, porque nem sempre podemos escolher o que ou quem ocupa um espaço especial em nossas vidas.
Bom...era isso, a frase provavelmente continuará na minha cabeça. Não resta nada a não ser refletir um pouco sobre o que e quem consideramos prioritários na vida. Depois do que aconteceu com a minha mãe, a prioridade que eu dou para minha profissão não é das maiores...Dou prioridade muito maior às pessoas que me cercam, porque é isso que fica no fim. Mas pessoas são pessoas (perdoem a redundância) e sempre fica a possibilidade de desapontamentos e coisas do gênero...Mas vale a pena...Em alguns casos pelo menos.

Só para atualizar

Na época das Olímpiadas, contei pra uma amiga a história do mascote da Olimpiada de Moscou. Muita gente conhece aquela cena do encerramento, quando o ursinho Mischa fez o mundo chorar com aquela lágrima caindo.
Depois de muito insistir, só consegui postar o video numa tal de barra de videos, que está aqui no canto esquerdo da tela. Enfim, essa tecnologia e mil opções de coisas para fazer vão além da minha capacidade. Mas quem tiver um tempinho, assista o video.
Anyway... eu acho um amor aquela cena, tanto que ao contar pra essa amiga, tive que conter o choro...Sei lá, podia estar na TPM ou simplesmente num dia daqueles...Vai saber?


Quantas pessoas você conhece que não fazem isso?

Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.

Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes,
é necessário ser um.

Fernando Pessoa

Quantas pessoas conseguem fazer isso? Eu acho lindo e verdadeiro esse poema, mas nem eu posso afirmar com 100% de certeza que nunca terei um comportamento assim...quero acreditar que não, mas o fato é que a regra é fazer isso, sem se dar conta. Quantas pessoas não julgam os outros mas deixam de ter vida individual quando acham alguém? Vixi, várias...
Enfim...Será que o próprio Fernando Pessoa nunca se buscou em outra metade? Vai saber...

Manipulações

Dizem por aí que eu manipulo as pessoas. Acho que não...porque se eu manipulasse as pessoas, elas fariam o que eu quisesse, do jeito que melhor me servisse. E as coisas não funcionam assim...
Eu não manipulo nem eu mesma! Imagina! Eu não consigo fazer o que EU gostaria que EU fizesse! O que dirá os outros? Convencer alguém não é manipular. E convencer sem fazer com que a pessoa realmente concorde é inútil. Pode até funcionar por um tempo, mas depois, bau bau...volta tudo do jeito que era.
Penso nisso por várias razões. As vezes a gente diz "fulano, não gosto disso"...e fulano concorda. Passa um tempo, e de novo, lá vem a coisa que tu disse que tu não gostava...feita pelo fulano! Ora! Esqueceu? "Ah...mas só dessa vez! É exceção...e o tempo passou ciclana (ciclana sou eu nesse diálogo tosco) achei que tu passou a gostar da coisa que tu não gostava!"...Ta né...E vejam, na realidade nem estou falando de manipulação, já troquei de assunto, porque isso é um exemplo de um diálogo sincero entre pessoas. Não há segundas intenções. Mas cabe a mesma lógica, se a pessoa concorda com algo sem acreditar nela...não existe manipulação.
Hehe, isso para um universo micro. Será que pro macro também se aplicaria a mesma lógica? As pessoas, uma sociedade, pode ser manipulada se não acreditar naquilo? Ou manipula-se para que acredite acreditar? Entendem minham questão, querido público leitor?
Hahahah! nem eu...enfim, não é pra ter lógica mesmo. Cansaço e raciocínio não combinam bem. Além do mais, o fato é que sefragol ta em falta no mercado.

Ser

Pois então, agora há pouco estava eu, dirigindo e pensando bobagem...pensava em como é usual fazer o uso de metáforas com carros, comparando-os com relacionamentos e pessoas. Todos já devem ter ouvido um comentário do tipo " sexo é como dirigir, só se aprende na prática". E é verdade, ambas assertivas. Assim como é verdade que carro parece tudo igual, mas não é. Por mais que saibamos dirigir, se estamos acostumados com um corsa 1.0 sem direção hidráulica, por exemplo, e de repente temos que dirigir um vectra 2.0 com direção e mil coisas a mais, é diferente! óbvio, a embreagem, a força que tu faz nos pedais, dependendo do tamanho do carro, tem que cuidar na hora de manobrar e tal. Enfim, e isso pode ser aplicado para pessoas. Homens e mulheres podem parecer todos iguais. De fato, as peças de fábrica, o básicão é igual mesmo. Mas nossa, quanto detalhe diferente, quanta maneira diversa de lidar...Ufa!
........
Corte de pensamento. Esse início de postagem foi feito e salvo em rascunho semana passada. Deixei aqui e esqueci. Entre uma coisa e outra, o tempo pra escrever fica exíguo e a inspiração parece que foi dar uma volta. Eu penso muito: muita bobagem, muita coisa séria, muita coisa séria que não passa de bobagem e bobagem que deveria ser séria. Enfim...é foda. Dinheiro, relacionamentos, família, lazer, expectativas, sonhos. Tudo faz pensar, muita coisa estressa. A porra do dinheiro estressa mesmo aqueles que sabem que isso não deveria estressar, é incrivel, frustrante demais!A merda é que sem ele deixamos de fazer muita coisa que queremos, então parece inevitável que as coisas acabem por girar em torno dele.
Fico pensando na facilidade da vida para algumas pessoas. Sabe? Tem gente que enxerga o mundo em preto e branco, numa visão maniqueísta que pode ser criticável mas que deve tornar as coisas tão mais fáceis. Bandido bom é bandido morto...Esse país é uma merda, mas eu faço a minha parte, trabalho honestamente e pago meus impostos, a culpa é do governo...Nasci em berço de ouro, minha preocupação é fazer o mínimo que devo fazer porque o resto ta arranjado, não tenho que lutar pra sair do zero...e afinal, quem quer sempre consegue, quem tem dificuldade é fraco, não tem força de vontade, é vagabundo...Bla bla bla. Deve ser uma existência mais simples. Complexo é ter que lidar com os paradoxos da vida, dos seres humanos. Complicado é ver que as coisas mais simples são dificeis. Foda é perceber que tentar nem sempre é suficiente. Merda mesmo é ver que as vezes as coisas simplesmente não saem do jeito que gostaríamos, que não somos exatamente como queríamos e que os outros também não são, o que afinal, é normal. Dificil é ver que normal é um conceito estúpido, que não existe na prática.
Enfim, viver é maravilhoso, mas existir é mais fácil, mais prático. Por isso acho que quem pensa demais vive de menos, porque quem vê a vida em preto e branco, sem tonalidades, cores, nuances, não perde tempo pensando exatamente nisso. Pensa que escolheu a profissão certa, que será feliz nela, que se tornará uma pessoa mais digna e feliz com isso. Será? Como diz o personagem de Brad Pitt e Edward Norton em Clube da Luta : "We are not our jobs". O que resta, se não somos advogados, médicos, professores, dentistas, marido, mulher, filho, amigo de alguém? Somos pessoas. Só isso? O que isso significa?
Aff...pareço uma retardada que fica se perguntado : quem somos nós? qual o sentido da vida? hahahahaha! é, eu sou tosca. Mas enfim, esse é meu espaço, azar de quem resolve perder tempo lendo essa merda que escrevo. Sim, se alguém não percebeu, meu humor não está dos melhores.

Verissimo...o Cara

Ando sem inspiração para escrever... Me pego pensando, de vez em quando, em assuntos interessantes, que me causam ímpetos momentâneos de escrita...mas logo passam.
Nesse desenrolar, recorro a algo que não passa de um subterfúgio preguiçoso: postar um texto de outra pessoa. Se bem que, essa não é "outra pessoa" qualquer, é ninguém menos que Luis Fernando Verissimo. Sensacional, genial, são alguns adjetivos para descrever esse cara. A capacidade e o talento de alguém ficam latentes quando vemos um texto sobre algo banal, sobre acontecimentos diários, tranformado em algo incrível. Assim faz esse autor gaúcho, maravilhoso, mas que, como todos os seres humanos possui defeitos, afinal, é colorado!
Antes de "plagiar" o texto, tenho que contextualiza-lo. É uma crônica retirada do livro " O suicida e o computador" de 1992. Ficará óbvia a data com a leitura do texto, mas enfim...fica a dica para quem quiser algo leve mas com "sustância".
Regimes
O tal plebiscito para saber que tipo de regime a gente quer parece que não vai, afinal, ser antecipado. De qualquer maneira, é bom você estar previnido e, acima de tudo, informado. Tome nota. Os três regimes possíveis são:
Monarquia (do grego mono archia ou governo de um macaco só). Sistema político em que um só homem usa a coroa, o mantro, o cetro, e, em alguns casos, os sapatinhos de cetim do poder e os outros morrem, mas morrem de inveja. As monarquias podem ser absolutas ou constitucionais. A diferença é que no primeiro caso o monarca se diverte muito mais. No Brasil nós tivemos um imperador, Dom Pedro Segundo, pertencente a uma das mais antigas famílias reais da Europa, os Segundos, que foi derrubado pelo Marechal Deodoro da Fonseca e obrigado a se exilar. Isto causou muita confusão na época, porque os dois usavam a mesma barba e Dom Pedro insistia em viajar com ela. O baile da ilha fiscal é comumente apontado como símbolo da insconsciência de uma aristocracia alienada e condenada, que ao sair do baile encontrou nas ruas, em vez de táxis, a república. Foi ali, segundo muitos historiadores, que a monarquia brasileira acabou. Outra corrente sustenta que a monarquia realmente acabou ali, mas a República não começou e o que continuou e tomou conta do país foi o baile (nota: sensacional!).
República (do latim res publica ou vaca conhecida). Presidencialista. Nome dado a sistema político onde o governo é eleito pelo povo e derrubado pelos militares, enquanto o rei fica rindo da gente e dizendo "Bem feito" (nota: melhor definição ever). Numa república todos são iguais perante a Lei, mas é só ela virar as costas que fica um querendo tirar vantagem do outro. Volta a Lei e todo mundo esconde as armas e o baralho e faz cara de inocente, alguns até assoviando. A república presidencialista também pode ser descrita sucintamente como "isso que está aí". Também é o que tem nos Estados Unidos, mas não há comparação possível porque eles ganham em dólar.
República parlamentarista. É o que eles na Itália, onde só dá certo porque quem realmente manda no país é Assunta la Mamma Vermicelli, que, sobe gabinete cai gabinete, mantém a concessão do cafezinho e desconta vales no quiosque do parlamento. O traço comum a todas as repúblicas, tanto a presidencialista como a parlamentarista, é a saudade da monarquia, tanto que quem se destaca numa república é logo chamado de rei disto (como o Manuelão Tripé) rei d'aquilo.
Pronto. Você já pode fazer uma escolha inteligente.

Bla Bla Bla...Whiskas Sachê

Será que a gente realmente pode mudar quem é?
Não sei bem porque escrevo sobre isso hoje. Na realidade, gosto de pensar que mudei bastante nos últmos meses. Tá, talvez não bastante, mas um tantinho. Mas esse pouco faz muita diferença no dia a dia e na forma de encarar a vida.
Enfim, volto à pergunta inicial: podemos mudar nossa personalidade? será que conseguimos algum dia nos livrar dos hábitos ruins, das manias, dos traumas? Ou somente passamos por fases, esperando o primeiro acontecimento que nos leva a estaca zero?
Ano passado tive uma fase muito reflexiva, quase depressiva na real. Foi a época de leituras densas, como o maravilhoso livro que originou o nome desse pobre blog, e de O estrangeiro, do Albert Camus. Ambos geraram postagens aqui. E nesse último livro, que conta a história de Mersault, o cerne reside nesse tópico, sendo que a conclusão é de que não mudamos quem somos. We are who we are.
Nunca podemos saber como reagiremos às situações que a vida nos traz. Só vivendo mesmo. Podemos nos surpreender com a força que não sabíamos ter. E quando a gente cai e levanta, é que percebemos do que somos capazes. Mas a questão não é se conseguimos levantar, mas como reagimos depois da queda e da consequente "levantada" (péssima palavra mas não me ocorre expressão melhor). E aí, a gente se encontra de novo, cometendo os mesmos erros, se iludindo com as mesmas coisas...Não sei, talvez a maioria das pessoas seja mais normal do que eu (tá, normal é um conceito complexo), que fico perdendo tempo as onze da noite escrevendo merda. Só sei que nada sei, como diria Sócrates (parafraseado, claro).
Só o tempo dirá o que aprendi com essa minha vida. Só o tempo dirá se finalmente me livrarei das minhas amarras (ui, que profundo). Por enquanto, vai tudo na paz. Porém, numa paz hipotética, pois muitos planos e desejos permanecem apenas no papel (as vezes na internet, rsrs). Qualquer dia desses, eu jogo tudo pro ar, pego a malinha e vou ver qual é desse mundo que dizem ser tão fantástico.
No meio tempo, dentre bobagens e divagações, faço o que posso, que é planejar pra onde vou nas minhas férias...Isso, não importa o que aconteça, vai ser. Nem que eu pegue meus trapos sozinha, vou dar um tempo e conhecer outros lugares, diferentes desse meu universo porto-alegrense. Afinal, por isso Deus inventou o cartão de crédito!

Publicidade inteligente

Em geral, não penso na publicidade como uma profissão muito séria, porque, afinal de contas, a sua existência é decorrência da sociedade de consumo em que vivemos e eu, sinceramente, me assusto de verdade com o ritmo das coisas (máquinas digitais ficam "velhas" em dois meses, computadores, mp3 - que nessa altura deve estar no mp7, sei lá- blablabla).
Mas convenhamos, uma propaganda bem feita, com humor e inteligência tem seu valor...Como aquelas da Polar, que assim como a cerveja, só tem aqui, mas que são ótimas (bairristicamente falando). Essas de baixo me fizeram rir, principalmente a última, da propaganda do Pedigree Ligth.







P.S: A legenda diz "Talvez seja hora de mudar para comida de cachorro Pedigree Light"... O detalhe é para a inspiração murphyniana (a única lei realmente universal), pois não basta o cachorro estar "acima do peso", trancado na janelinha. O gato FDP tinha que enfiar a flor no _U dele! O cara que pensou nisso deve ser tipo o Antônio (que devia ser publicitário).

Ninguém respeita a Constituição MESMO

Art. 22 - Fazer, em público, propaganda:
II - de discriminação racial, de luta pela violência entre as classes sociais, de perseguição religiosa;
Art. 23 - Incitar:
I - à subversão da ordem política ou social;
II - à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições
civis;
III - à luta com violência entre as classes sociais;
Indignação. Esse é o sentimento que sinto desde ontem a noite, ao ler uma reportagem na Zero Hora que dizia que uma Procuradora da República enquadrou o MST nesses artigos.
Pasmem, esse são dois tipos penais previstos na Lei 7170/83, mais conhecida como Lei de Segurança Nacional. Sim, isso mesmo, uma dignissima representante do Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul conseguiu fazer a proeza de desencavar uma lei (não revogada tacitamente mas contrária a Constituição de 88) que colocou em prática a Doutrina de Segurança Nacional do nosso "querido e amado" regime militar e distorceu a mesma para fuder o MST.
Em primeiro lugar, não vou dizer que sou cega a ponto de não ver que o MST tem problemas. Óbvio que tem gente ali dentro que já se esqueceu a muito tempo do objetivo inicial, LEGITIMO, do movimento, que é a reforma agrária. Se os integrantes cometem crimes durante invasões, serão passíveis de punição como qualquer pessoa. Mas, por favor, isso foi demais!
Essa lei não foi revogada. Mas em 1988, foi promulgada nossa Constituição vigente, democrática, que prevê, em seu art. 5º, um enorme rol de direitos fundamentais. Não podemos NUNCA esquecer que nossa Carta Magna é resultado de um processo democrático, que procurou acabar com o regime autoritário e ditatorial que o país vivia desde 1964.
O que me surpreende é como, uma mulher que fez um dos, senão o mais, dificil concurso do país, esqueceu algo que aprendemos no primeiro ano de faculdade de direito! A Constituição não é uma lei qualquer, ela é A LEI, suprema, soberana, sob a qual todas as outras devem se curvar. Portanto, nenhuma lei ordinária, complementar, decreto, o caralho a quatro, pode ir de encontro à Constituição. Se eu sei disso, ela deveria saber muito mais.
Recentemente, um movimento encabeçado por alguns membros do Ministério Público Estadual tem feito campanha para criminalizar o MST. Discordo, mas cada um tem direito a sua opinião. Agora, isso que é essa imbecil fez vai além de qualquer lógica moral ou jurídica. Eu, que sempre me coloquei abaixo do cú do cachorro e que acredito não ter capacidade para passar num concurso fudido como é este, vejo mais do que nunca que não só posso mas devo tentar fazê-lo. Porque se uma pessoa assim passou, porque não posso eu? Posso não ter capacidade de lembrar artigos e dispositivos de leis, mas isso não significa porra nenhuma, e esse episódio mostra isso claramente, ou seja, que ninguém está capacitado para exercer uma função importante, que é a de representar a sociedade em casos de interesse coletivo (latu sensu) só porque é bom em decorar leis.
Ai que raiva. Renato Russo está certo. Ninguém respeita essa merda de Consituição, ninguém respeita essa porra de Democracia. Esse país tem mais é que se fuder...Fico muito puta, muito mesmo.
Gente, esse é o art. 5º, que tem 78 inicisos. Coloquei aqueles que estão relacionados a essa questão. Agora pergunto, precisa de diploma em direito para saber ler esses dipositivos e comparar com os de cima e concluir que são absolutamente incompatíveis?????
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
...
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
...
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
...
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
...
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
Pelo amor de Deus...encerro meus argumentos. Jurídicos, pelo menos, porque ideológicos e históricos não. Não sobraria espaço nesse blog.

Amo vocês!

Homenagem às pessoas mais importantes em minha vida. Não é 20 de julho, mas azar. Não sei o que seria de mim sem a família que escolhi.

P.S: Nem que eu quisesse conseguiria escrever algo parecido com esta pérola do já citado Oscar Wilde. Então, tomei a liberdade de usar seu texto, pois expressa exatamente o que sinto e penso.
P.S 2: Não estou bêbada, este não é um momento "te considero". É só um momento, nada mais.

Loucos e Santos(Oscar Wilde)

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.

Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.

Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.

Deles não quero resposta, quero meu avesso.

Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco.

Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.

Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.

Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.

Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos.

Quero-os metade infância e outra metade velhice!

Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.

Tenho amigos para saber quem eu sou.

Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."

Click

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."
Oscar Wilde
Engraçado como são as coisas. Acho que foi quinta que achei essa frase desse escritor maravilhoso (quem não leu O retrato de Dorian Gray, leia!) e copiei em um papelzinho. Pois não é que ontem, assisti um filme que versa exatamente sobre isso?
Quem estava lá sabe que estou falando do filme Click, aquele sobre um cara que ganha um controle remoto que controla tudo. Era aniversário da Lurdinha, estavamos todos felizes, de pança cheia e com uns litrinhos de ceva pra esquentar a noite (paradoxal tomar cerveja no inverno, mas alcool é alcool) e decidimos assistir um filme. Dentre as opções, escolhemos aquela que parecia a mais tranquila, uma comédia enlatada, bem estilo Hollywood. E o filme tem tiradas engraçadas...no início. Porque do meio para o fim, percebemos que de comédia não tinha nada, era um baita drama que fez todas as mulheres do recinto chorar.
Em resumo, o cara acha o máximo "pular" as cenas chatas da vida, as brigas, as jantas com os pais, o tempo perdido no tráfego, os obstáculos profissionais. O cara achava a vida uma merda, sem reconhecimento do chefe, sem dinheiro para comprar carros, aparelhos de última geração. Reclamava, reclamava e reclamava. Passava a vida pra frente, esperando o dia em que seria feliz e satisifeito. No fim, jogou a vida fora e obviamente se arrependeu. Sim, é bem aquele filme norte-americano com moral no fim, do tipo "aproveite a vida pois não sabemos o dia de amanhã". Clichê? Sim, mas muito verdadeiro.
Eu parei de reclamar do meu trabalho. Não é a melhor coisa do mundo? Não. Mas também não é a pior. Estou tentando parar de viver sempre pensando no futuro: no futuro as coisas vão melhorar, no futuro eu vou ter dinheiro, no futuro vou ter um emprego legal, no futuro vou achar um cara muiiito legal, no futuro vou pegar uma mochila e conhecer o mundo, etc. Estou esperando esse futuro há anos. E agora passaram 25 e eu não quero continuar esperando nada. Por isso, estou tentando aproveitar e deixar rolar. Claro que as vezes as coisas não dependem apenas de nós, mas pelo menos o chute inicial eu tento dar. Vamos ver se essa resolução não vai se dissipar, como acontece muitas vezes em nossas vidas. Já dizia o gênio Saramago em O homem duplicado: "Ao contrário do que em geral se pensa, tomar uma decisão é uma das decisões mais fáceis deste mundo, como cabalmente se demonstra pelo fato de não fazermos mais nada que multiplicá-las ao longo de todo o santíssimo dia...".
Então é isso, aproveitar o que der, valorizar os momentos legais, as pessoas que gostamos. Não há nada melhor do que isso. E acima de tudo - para mim, principalmente - parar de pensar nisso e agir. Porque não dá pra ficar lendo Oscar Wilde e Saramago, achando lindo, e continuar cometendo os mesmos erros. Viu Patrícia??

Nave do Gozo

Nada como terminar a semana com boas risadas...Hermes e Renato se superam na bobagem de duplo sentido! Hahahahaha!


Nave do Gozo

Senta o bumbum na cadeira
Segura no câmbio, vamos decolar
Nossa viagem é longa
Não seja precoce, tente segurar
Menino ou menina, coluna do meio
Quem dá ré no quibe também vai gostar
É o bonde do Gozo partindo pro espaço
Vem nessa com a gente, vamos viajar!

Vem, vem, pra minha nave espacial
Vem, vem, sou um palhaço sensual

Bala, sorvete, pipoca
Rola, pirulito, pra você chupar
Sacanagem é pouco zoeira
A nave do Gozo é pra se lambuzar
Tocar nas estrelas, brincar no espaço
Um buraco negro vamos explorar
Venha e não tenha medo
Segure na minha, e vamos voar!

Vem, vem, pra minha nave espacial
Vem, vem, sou um palhaço sensual
Vem, vem, pra minha nave espacial
Vem, vem, vamos fazer um bacanal
Na minha nave espacial
Vamos fazer um bacanal
Na minha nave espacial

Amores

Veio de mansinho

Totalmente inesperado

Ganhou meu coração

Embora tenha manias quase insuportáveis

E tenha uma tendência desgraçada de fazer cagadas

Faz parte

Qualquer relacionamento possui altos e baixos

Amor e ódio

Dias em que nos arrependemos de ter iniciado

E que temos a certeza de que estaríamos melhor sozinhos

Ledo engano

Tudo isso faz parte

E sempre vale a pena

Te amo demais meu amor!



HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHHAHAHHAHAH

Só eu me presto...Esse bichinho está me levando a loucura, mas já me apeguei demais...Quem quiser dar dicas sobre como evitar merda em tapetes e lugares impróprios (como no meio da sala) por favor, não hesite em me procurar!

Presentes

Hoje acordei chorando. Mas não foram lágrimas de tristeza, e sim de felicidade. O mesmo choro de dois anos atrás. Talvez escrever não seja o suficiente para explicar como é bom receber uma ligação de alguém que está longe mas que lembra de ti.
Quem tem sorte nessa vida tem alguns amigos, uma meia duzia, no máximo. Alguns passam a ter um papel tão grande e significativo em nossas vidas que passam, apesar de ser um clichê isso que vou dizer, a fazer parte da família. São pessoas sem as quais é impossivel se imaginar. Eu tenho muita sorte nesse aspecto em minha vida, tenho amizades preciosas, sólidas, mais do que especiais, que me colocam de frente com todo o ceticismo acerca de relacionamentos.

Minha irmã de coração, minha amiga que eu tanto amo, que faz parte de mim há 10 anos, me ligou do sul da Índia! Meses se falando por orkut, por email, meses nos quais eu sabia, somente pelo mundo virtual, que ela estava passando por um turbilhão emocional, sem poder tentar ajudar, e ela me liga hoje, as 8.30 da manhã, e pro celular ainda! Foi uma conversa absolutamente normal, ela perguntou da Salô, minha filha canina que tem esse nome exatamente em "homenagem" à ela, (que tinha uma cusca linda com esse nome) falou do país, das diferenças culturais, das mudanças na vida dela, dos problemas que ela ta tendo que enfrentar. Eu falei um pouco da minha vida, das minhas crises, da Salô. Totalmente normal, parecia que ainda morávamos há duas quadras uma da outra. Mas ao fim, começou a subir um nó na garganta e quando me despedi, já estavam caindo umas lágrimas, que vieram com tudo depois. Mesma reação que tive quando uma outra grande amiga minha, uma pessoa mais do que especial, com quem tenho uma relação que foi, diversas vezes, conflituosa, mas que faz parte da minha vida há nada menos do que 20 anos (e que fará parte até o fim, com certeza), ligou no dia do meu aniversário lá de Barcelona, há dois anos. Daquela vez, como eu não tinha que sair pra trabalhar, fiquei aos prantos acho que mais de 30 minutos. Mas pranto bom, de emoção boa.
Na real, estou sentada aqui tentando entender o porquê dessas reações tão emotivas. Sei lá, me surpreendo, talvez porque não tenha noção do tamanho da importância que essas relações tem pra mim, talvez por perceber que apesar das voltas da vida, apesar de brigas, desentendimentos, afastamentos, esse amor (porque amizade é uma forma de amor) é genuíno, verdadeiro. Saber isso dá um alento, uma sensação de que sim, há coisas boas nessa vida.
Tive que interromper esse post várias vezes, por razões profissionais mas também porque fico toda manteiga derretida, até escrevendo. Hoje meus planos eram de escrever algo "up", divertido, tirando um sarro com essa data maldita (sim, há uma ponta de recalque nesse comentário). Mas surpreendentemente, ganhei esse presente da Manuzinha. Presente inigualável.

"Adevogados"

"Comecemos pelos jurisconsultos. Julgam-se os primeiros sabedores do mundo, e não há mortal que se admire tanto quanto eles quando, como Sísifo, rolam sem cessar para o alto de uma montanha, enorme rochedo que tomba de novo mal atinge o pico, isto é, quando entrelaçam quinhentas ou seiscentas leis, sem cuidar se têm alguma relação com as questões tratadas, quando amontoam glosas, citações sobre citações, quando fazem com que o vulgo pense que a sua ciência é coisa dificílima, persuadidos de não haver nada mais lindo que o que custa muitas dores e muitas fadigas"

Erasmo


Cada dia que passa, tenho mais certeza que não nasci para a advocacia, especialmente a privada. É foda, advogado precisa pagar as contas e para tanto, precisa cobrar pelo serviço prestado. Beleza. Mas é foda desconsiderar as pessoas atrás dos processos. Bom para quem consegue, bom para quem quer isso da vida. Mas eu não consigo, se for depender da advocacia para o resto da vida, vou morrer pobre. Felizmente (ou in, não sei) morreria pobre mas feliz, com a certeza de que o conhecimento adquirido na faculdade e na prática seria utilizado na tentativa, mínima e nem sempre bem sucedida, de fazer algo remotamente parecido com justiça. Enfim, meu caminho é o serviço público, o problema é achar tempo e neurônios extras para passar num concurso.
Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!

Mario Quintana - A Cor do Invisível

Mais do mesmo

Conversando agora há pouco com o Bruno, ele saiu do msn e foi atender a um "chamado da natureza". Nesse meio tempo, me sugeriu uma comunidade do orkut chamada "Quero status estou cagando no msn" (aliás, esse tipo de criatividade que a gente encontra em algumas comunidades no orkut faz valer a pena manter aquela nhaca). E isso me fez pensar que aqueles status que temos disponíveis no msn são, de fato, limitados. Algumas idéias para um msn mais verdadeiro e menos hipócrita e politicamente correto:
1- Fui ao banheiro - Considerando que temos basicamente dois chamados da natureza distintos, esse status seria claro e menos escatológico, mas dá uma idéia de que de fato, estamos ausentes e impossibilitados de falar com nossos contatos.
2- Online mas não afim de falar - Isso serve para aquelas pessoas que gostam de ficar online pra "ver o movimento" mas que não estão muito afim de papo. Na real, é só entrar offline, mas sei lá, tem gente que as vezes ta esperando alguém específico entrar e prefere se manter "disponível".
3- Ausente para alguns - Serve para aqueles que selecionam status como ausente, ocupado, qualquer merda, mas que usam isso como desculpa pra não responder quando lhe convém. Eu sou simples e prática: não quero falar? bloqueio e pronto. Mas nem todos são assim, então esse status seria, pelo menos, mais honesto.
4-De mau humor - Eu usaria muito esse. Quer dizer, nem tanto, porque, como já disse, se não to afim de papo, entro offline ou bloqueio. Mas pelo menos explica aqueles diálogos monossilábicos que a gente eventualmente encara (ou faz os outros encarar).
5- Estudando ou Trabalhando - Seria muito utilizado. Eu uso muito msn no trabalho, e por isso as vezes sumo, ou demoro pra responder, não por vontade própria, mas porque o chefe está por perto, ou porque estou fazendo algo importante e não dá pra parar o raciocínio, enfim. Seria uma variante do ocupado, porém mais específica.
6- De Ressaca - Seria bastante utilizado nos fins de semana. Alerta as pessoas que eventualmente queiram falar contigo de que o papo não será dos mais produtivos...
7- No orkut - quem tem, entra no email e depois no orkut. Alguns mais aficcionados ficam horas fuçando o perfil alheio, mudando as fotos (já que agora da pra ter zilhões de álbuns com tetrazilhões de fotos), procurando comunidades criativas e/ou toscas, enfim. E aí o msn fica secundário...Então seria útil para alguns.
8-Estou falando com diversas pessoas - Evita aquela sensação de monológo...Já escrevi antes que eu não tenho capacidade de falar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo, mas quem tem, podia usar esse status e evitar mágoas de pessoas afobadas que gostam de respostas rápidas (como eu!). Evitaria conflitos.
Fico pensando que ando meio sem idéias para retomar esse assunto de msn. Já pensei em escrever sobre o orkut, essa coisa que acaba dominando a vida de muita gente, mas acabo caindo no mesmo assunto. Sei lá, coisas meio inexplicáveis, bate a inspiração do nada. Mas tenho certeza que mentes brilhantes como as do Antônio, da Renata e da Laura juntas, iriam criar status absolutamente incriveis e totalmente excelentes.

Melhores Momentos

Essa semana está no fim. Graças a Deus! Poucas coisas legais aconteceram, e o que não faltou foram fatos bizarros. Os melhores momentos foram:
1- Prender o dedo na janela pré-histórica da sala da minha casa;
2- Gritar tanto com a dor (ajudada pelo frio e pelo fato de recém ter acordado) que as vizinhas vieram correndo pra saber se tinha acontecido alguma tragédia. Enquanto isso, eu chorava, sentada na patente com o dedo embaixo da água fria (que cena lamentável não?);
3- Passar o domingo com gelo, sabendo que no outro dia tinha uma entrevista em um escritório chiquetérrimo;
4- Ficar quatro horas na fila do sus pra ser atendida;
5- Estar bem bela, fazendo pesquisa no computador do escritório na quarta-feira, quando vejo dois "fiozinhos" pretos saindo de baixo do teclado...achei que pudessem ser fios de cabelo, até que vi que eles se mexiam...isso mesmo, tinha um baratão embaixo do meu teclado! Tive que me segurar pra não gritar pq tinha um cliente do lado. Que nojo!
6- Chegar em casa e ver que pela 3ª vez no ano furtaram as lâmpadas do meu prédio (detalhe que eu sou síndica, então tenho que resolver os pepinos);
7- Descobrir em plena na sexta que não vou receber semana que vem (não existem palavras pra descrever o quão satisfeita estou com isso);
Mas, pra não dizerem que sou uma pessoa muito pra baixo, gostaria de dizer que daqui a pouco tenho que ir pra casa, que já consigo escrever no computador sem dor, que tenho um José me esperando e ele, junto com um salzinho e um limão, vão não só me esquentar mas me animar e, se tudo der certo, terei um fim de semana agradável pela frente. Assim, posso dizer que estou em um momento levemente otimista! E que este otimismo seja concretizado!
Por motivo de força maior, privarei meu amplo e apaixonado público leitor de minhas maravilhosas criações literárias (estou rindo sozinha nesse momento) até semana que vem. Só gostaria de deixar registrado meu profundo agradecimento ao nosso Sistema Único de Saúde, que me ajudou a exercer paciência em nivel budista ontem, ao esperar quase 4 horas para fazer um raio-x e colocar uma tala.

Bobagens em um sábado a noite

Sem nada para fazer nesse sábado...Sem net, poucas pessoas online no msn (até porque sábado de noite não é momento para se estar em casa), fiquei fuçando a internet. Fui pro google e comecei a ler alguns blogs, pra ver se tem mais gente que nem eu, que fica escrevendo merda na internet. E tem. Tem uma coisa pior que a outra. Mas tem coisas legais. Exemplos:


1- Muito bom!! Como irritar os signos

ARIES: Fale com eles dando uma enorme pausa entre as palavras. Não deixe que eles falem, ou, se falarem, corte pelo meio (muito Vanessa...e Lucas tb)

TOURO: Gaste o dinheiro deles, peça para dar uma dentada no seu sanduíche ou na sua maçã, desperdice seu material, não devolva suas coisas.

GÊMEOS: Aborreça-os com lágrimas e longos monólogos sobre sua vida emocional. Não converse com eles, em absoluto (muito Clarissa)

CÂNCER: Insulte suas mães (com classe, é claro). Critique suas casas. Advirta-os de que eles podem perder o emprego. Diga que aquela foto de família pendurada na sala é brega e confunda o retrato da "vovozinha querida" com o Mike Tyson.

LEÃO: Ignore-os. Esqueça o nome deles e pergunte: "Qual é mesmo o seu nome?". Em público, não os apresente às pessoas importantes.

VIRGEM: Choramingue bastante. Desarrume sua casa, atrapalhe sua programação, esqueça de atarraxar a pasta de dente. Diante do armário do banheiro,indague: "para que tanto remédio?". (total Antonio)

LIBRA: Diga bastante - "Isso é com você, decida logo!". Leve-os a locais feios. Aja de forma grosseira em público, tire melecas, arrote, fale palavrões, vire cerveja na mesa, chame o garçom pelo nome (bah, Laura escrita)

ESCORPIÃO: Faça perguntas pessoais. Saiba muito sobre eles e dê a entender. Obtenha mais sucesso do que eles e se vanglorie. Repita sempre: -"Isso não é da sua conta!"

SAGITÁRIO: Dê a eles bastantes responsabilidades. Coloque realismo na sua filosofia. Nunca ria das piadas deles. Não tope nenhuma aventura ou quebra de rotina e esteja sempre de mau-humor (rsrsrs, muito eu)

CAPRICÓRNIO: Organize tudo para que se sintam inúteis. Lembre-os de sua baixa posição social. Embarace-os em público: faça escândalos, berre com eles. Deixe-os esperando, nunca chegue na hora marcada (Amo a Raffa, mas me lembra dela sim...as vezes)

AQUÁRIO: Torne-se pessoal e íntimo. Ao encontrá-los, dê um longo abraço e fique apertando-o contra o peito, emocionado, lacrimejante. Insista para que eles liguem várias vezes por dia para posicioná-los de seus movimentos.

PEIXES: Diga para agarrarem-se a si mesmo.Muito bom!! Hahaha (total Manuzinha)



Texto 2 - Onde as pessoas acham esse tipo de coisa:




















Imagem de uma cratera em marte...supostamente, sei lá!


Texto 3 - Texto Sério

"Sentir-se rejeitado é sentir que é pouco, é sentir-se nada. É precisar de si mesmo e não ouvir resposta. É procurar acalento e não receber um afago. É abandonar o ego, é perder o senso, é esgotar a força. É, enfim, sentir-se só. Profundamente só.Ser rejeitado é não ser ouvido, é não ser falado, é ser a indiferença e o tanto faz. Ser rejeitado é permanecer mudo, quando nunca esteve calado. É não olhar para si, é não olhar para o lado, é viver sem música, é viver sem arte, é viver sem gosto, é viver sem sexo, é viver sem nexo.
O ser rejeitado quer uma ponta de esperança, um pouquinho de carinho, um sorriso sincero, um momento de exclusividade. E quer aplausos, assovios, um minuto de atenção. Porque o ser rejeitado também quer ser estrela, mesmo que em seu palco ele não aviste a platéia. E mesmo que o único espectador seja o reflexo de si mesmo.
Geralmente as pessoas que rejeitam, tendem a ser egoístas em alguns aspectos. O egoísmo dessas pessoas chega a níveis absurdos, aponto deles deixarem de ser seres humanos e se sentirem "deuses". Uma pessoa egoísta é fria como a noite, insípida e serena, venenosa como uma serpente, vil criatura que fere o coração da gente, parece que não sente nada, nesse seu coração amargurado, não ha lugar para um único homem, de nada veio, ao nada retornarás, se o que vale são as boas obras, de que adianta agora, o seu coração de gelo. Bom, eu já falei sobre o medo que tenho de ficar sozinho, não me dou bem com as pessoas, até me dou bem, mas sempre fico de sobreaviso com qualquer um, é difícil, conviver em sociedade em certos momentos ainda mais quando já sabemos o que cada ser humano é capaz, ficamos completamente treinados em saber o que esperar de qualquer um para não ter uma surpresa desagradável no final."
Obs: Coitadas dessas pessoas...né?
Tem muita coisa nesse mundo da internet...E considerando que não são nem oito horas e não tenho nada planejado, vou ficar catando mais coisa. Ainda mais porque dormi a tarde inteira...

Amor irracional (será?)



Não faz uma hora, o Fluminense passou para as semi-finais da libertadores. Fiquei muito feliz. Não pelo Fluminense, porque eu não sou de torcer por time que não o meu, ainda mais sendo carioca ou paulista. Na realidade, estava torcendo mesmo pelo Renato Gaúcho, técnico do tricolor carioca. Por quê? Ora, porque ele, Renato, é um dos maiores heróis do meu time do coração. Dos pés dele, sairam os dois gols do Mundial em 1983. Sim, eu era nascida, tinha apenas um aninho de idade (aliás, tinha feito um ano dois dias antes, que presentão hein?), não lembro (dãã) mas não importa, foi a maior façanha do Grêmio até hoje.

Enfim, é uma da manhã e me deu uma puta nostalgia. Comecei a lembrar que, no ano passado, quem estava passando por cima do São Paulo era o meu Tricolor. Sentei aqui no computador e comecei a procurar videos no youtube. Coloquei uns quatro no orkut. E estou aqui, pensando como é possível amar algo tão abstrato como um time de futebol.

Irracional? Talvez, mas qual ser humano não é? Já chorei pelo Grêmio, na derrota e na vitória. Só de assistir o trailer da Batalha dos Aflitos choro...Aliás, isso é muito interessante. Estive presente nos seguintes títulos: Libertadores 95, Brasileiro 96, Copa do Brasil 97 e 2001. Vi O Grêmio perder pro Corinthians a Copa do Brasil em 95 e a torcida dando uma demonstração de amor que até hoje me emociona. Quando aquele FDP do Marcelinho Carioca (como eu odeio aquele homem) fez o gol e sepultou nosso sonho, parecia que tinha sido gol nosso: a torcida começou a cantar o hino...Lindo. Até o Felipão chorou! Mas de todos os titulos, de todos os jogos, o que mais me emociona é aquele Grêmio e Náutico de 26.11.2005.

"Ah, que horror! Tava na segundona, contra o Naútico! Era mais do que obrigação ganhar", diriam alguns...Não. O time era muito ruim. O clube tava na merda. Rebaixado pela segunda vez em sua história. E daí? Por isso me emociono. Porque sair do fundo do poço não é pra qualquer um. Tem que ter força. Me identifico muito com isso. Dizem que é errando que se aprende. Verdade, mas também é verdade que nós, humanos, não seguimos isso a risca. Sempre cometemos erros, e repetimos, e de novo, e de novo ... Alguns sortudos um dia aprendem. Mas faz parte da natureza humana. Por isso, apesar de o Tricolor não ter aprendido em 93 e ter caído de novo em 2004, se tira muito disso. O Grêmio saiu da merda, de um jogo totalmente adverso, reverteu o quadro, subiu pra primeira, foi 3º colocado do Brasileirão em 2006 e chegou às finais da Libertadores de 2007. Caiu frente ao Boca. Foi feio? Foi. Eu estava lá, depois de ter ficado sozinha sete horas na fila pra conseguir ingresso. Mas não me arrependo.

Quando estamos "a baixo do cú do cachorro", como dizemos por aqui, e conseguimos sair, é, por mais redundante que pareça, uma vitória. Não é fácil. Nem na vida, nem no futebol. Por isso não tenho vergonha de dizer que meu time foi rebaixado, que teve que fazer das tripas coração pra ganhar de um time pequeno como o Náutico. Tenho orgulho, porque me enxergo nesse tipo de conquista.

Desculpem aqueles que aguentaram e ainda estão lendo este texto. Mas estou nostálgica. E a semana não foi nada boa, estou dormindo mal, muita coisa na cabeça, tristezas, reflexões, raiva...E ao lembrar de bons momentos, fico feliz. E o meu Imortal (será sempre pra mim, Imortal) já me deixou feliz várias vezes. E espero, sinceramente, que o Renato volte pra essas bandas um dia desses e seja campeão da américa e do mundo novamente, mas dessa vez como técnico.
OBS: Só para constar, o fato de outros times grandes terem passado por situação similar (reabaixamento) não diminui a validade do que fez o Grêmio. Assim como conhecer pessoas que já encararam barras na vida, não diminui a conquista de alguém que passa por isso também. Ah, e esse texto não é dirigido a ninguém específico, são apenas desvaneios de alguém acordado até essas horas.


"Foi o que fiz", diz minha memória. "Eu não posso ter feito isto", diz meu amor-próprio, e ele não desiste. No fim das contas, é a memória que cede.
Nietzsche em Além do Bem e do Mal...de novo
Felizes aqueles que possuem um amor-próprio fortalecido. Assim, apesar de viverem na ilusão, conseguem transpor as merdas feitas e, consequentemente, soterrar a memória. O meu amor-próprio, coitado, nem isso consegue...então vivo sempre com a memória, racional e muitas vezes cruel. Dá para ser otimista assim? Não, não dá...
O meu diálogo seria assim: "Foi o que fiz", diz minha memória. "Eu não posso ter feito isto", diz meu amor próprio. A memória diz novamente "Sim seu imbecil foi tu que fez aquela merda". Ao que o amor-próprio responde "Puta merda, pior que fiz mesmo...". No fim das contas, a minha memória nunca cede.
Bom feriado a todos.

E a idade chega...

Depois desse fim de semana, que eu consegui esquecer que tinha um concurso (não uma prova qualquer) e esqueci de muitas coisas importantes, acho que vou ter que começar a tomar isso:


Foda: a idade vem chegando, fazer dieta já não funciona tão rápido (a minha foi pro espaço nesse fim de semana, por conta das minhas duas companheiras: dona ansiedade e nóia girl) e a gente começa a esquecer as coisas, não anotar números importantes, mandar artigos no dia.. um horror.
Agora, achei engraçado o texto da propaganda do tal ginkgo aí de cima:

"O extrato de Ginkgo Biloba é receitado intensivamente por milhares de médicos na Europa para problemas circulatórios e declínios das funções mentais. Sua utilização facilita o fluxo sanguíneo em todo o corpo, especialmente no cérebro, recupera a memória rapidamente e a função mental. Regula batimentos cardíacos, melhora a ereção em homens e dores nas pernas. O extrato é útil também para tonturas, tinidos e zumbidos."
Vamos ver...
"O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá"


Saudade é uma palavra linda, que sabemos, só existe em português. Palavra bonita, fonte de muita poesia e música, mas sentimento dificil de se sentir.

A citação é da música Roda Viva, do Chico Buarque. Não é sobre saudade, mas essa parte, de que no peito a saudade cativa, faz força pro tempo parar, diz tudo.

Eternal Sunshine of a Spotless Mind

Esses dias eu estava caminhando pela rua e de repente percebi que estava sorrindo. Assim, sozinha, na rua, rindo...Só eu sabia porquê. E isso que era uma coisa boba, mas boa. Aí tu te da conta que ta rindo sozinho e tenta se controlar pra não passar por louco. As vezes fica dificil, é mais forte do que nós.
O engraçado é que pensei isso num dia e no outro estava subindo a rua onde fica meu trabalho, indo pegar o ônibus pra ir à faculdade e passou por mim uma guria. Eu estava olhando pra baixo, mas não sei porque levantei a cabeça e dei de cara com ela sorrindo. Dava para ver que ela estava pensando em algo bom, um momento, um alguém especial, vai saber! Aí eu quem estava rind era eu, da situação, por ter percebido que no dia anterior, ela era eu! Hahaha, baita viagem minha.
Mais engraçado ainda é que parece que a felicidade (ou momentos felizes) tem uma intensidade tão forte que se te perguntam "tudo bem" num dia feliz, tu responde "tudo bem (as vezes rola até um tudo ótimo)". Por que? Porque felicidade não se esconde. O contrário, porém, não é verdadeiro. Se estamos tristes, deprimidos, preocupados, conseguimos muitas vezes esconder. Eu pelo menos consigo, porque penso que dependendo da situação, é mais fácil dizer "tudo indo" do que falar que não está tudo bem e alugar a pessoa (deixo bem claro que estou me referindo à pessoas próximas que te perguntam "tudo bem" não como uma espécie de cumprimento, porque sempre tem os sem noção que saem chorando as pitangas pra qualquer conhecido que encontram na rua).
Que coisa isso não? E que interessante como funciona a mente humana. Eu, que me contento com poucas coisas para ficar feliz, não me contenho e fico retardada. Coisas pequenas, que seriam insignificantes para outros, fazem meu dia valer a pena. A merda é ter a consciência (pessimista, diriam alguns) de que esses momentos inevitavelmente irão embora. Isso me faz lembrar de uma entrevista que li, há muitos anos, do neurologista Antonio Damasio, que disse, mais ou menos isso: que as pessoas almejam a felicidade como algo constante, mas que esquecem que a linha reta em um eletrocardiograma siginifica morte. Assim, a vida é uma sucessão de altos e baixos e aí reside sua beleza. Simples e complexo ao mesmo tempo. Sabemos que é apanhando da vida que a gente cresce e aprende, mas na mesma medida, é sendo feliz que vamos adiante, na esperança de que aproveitaremos mais os momentos alegres que virão depois das merdas.
A dualidade é inevitavel mesmo. Ontem estava assistindo de novo um dos meus filmes favoritos, Brilho Eterno de uma mente sem lembranças. Filme lindo, complexo, uma espécie de realismo fantástico à moda Gabriel Garcia Marquez. Em resumo, conta a história de um casal, protagonizados por Jim Carrey e Kate Winslet, que depois de terminarem o relacionamento, resolvem apagar as lembranças que tinham um do outro. Quem já não teve vontade de fazer isso? Apagar da memória todos os momentos tristes, humilhantes, dolorosos da vida? Imagine se desse pra fazer isso? Pois no filme, uma clínica fazia esse procedimento. E na hora parece a solução de tudo, começar do zero. Como se fosse possível...no caso do personagem Joel, no início estava ótimo, as últimas lembranças do fim do namoro, das brigas foram sendo apagadas.
O brabo foi quando começaram a sumir as lembranças boas, os momentos de felicidade, de intimidade, cumplicidade. Aí ele se desespera e tenta guardar a memória da Clementine em um outro lugar, em algum momento no qual ela não existia na sua vida. Lembro nitidamente da primeira lembrança que faz ele se arrepender do que estava fazendo: estavam os dois na cama, embaixo de um lençol, e ela conta como quando era criança se achava feia e que tinha uma boneca feia, para qual dizia "tu tem que ser bonita" como se ao dizer isso, a boneca e ela pudessem mudar. Era um momento lindo, de amor genuíno, e ele não queria perder aquilo. Mas perdeu. E na hora, quando estava no cinema, me emocionei mas não chorei (até porque odeio chorar em público). Só que na hora em que saí do cinema, lembrei da cena e comecei a chorar compulsivamente...Foi ridículo! Impossivel não se identificar com algo assim.
Enfim, o fato é que a gente querendo ou não, as coisas são assim. E por mais que doa, as merdas da vida tem que estar guardadas, nem que no fundo da nossa cabeça. Porque elas fazem parte de quem somos. Ter uma vida apenas com bons momentos, boas experiências, parece legal mas deve ser um saco. Só gostaria que o ruim e o bom fossem mais ou menos equivalentes, porque sofrer e ter pouca felicidade faz com que a vida pareça um poço sem fundo.
O bom é que agora, nesse momento, apesar do sono, eu estou bem. Mesmo que seja em razão de ilusões, conjecturas, pequenas coisas. Agora, pelo menos nesse instante, estou feliz.

Ressaquinha boa

Hoje o dia está lindo, apesar da leve ressaca em que me encontro. Ontem reencontrei duas amigas da Justiça, sendo que uma delas eu não via há uns 8,9 meses. Então tava muiiiito bom. Claro que somando-se a isso, meu querido Sandro deu uma ajudada para melhorar minha noite e consequentemente, a ganhar uma aposta feita no dia anterior.

Enfim, o fato é que levantar hoje não foi nada divertido. Sabem quando tu tem a sensação de que simplesmente não vai conseguir acordar e levantar? Parecia que eu tinha levado um surra, não porque tenha bebido horrores, mas porque dormi muito pouco. Mas valeu a pena. Porque amizades que continuam sólidas apesar da distância e do afastamento normal da vida corrida que levamos, dão ânimo para seguir em frente.

Passei aqui, querendo dar uma atualizada no blog, mas percebo que a inspiração não tá muito em alta. Então, só para dar uma animada, posto esse bilhete de suícidio hilário que encontrei em outro blog (pudim de beterraba, já citado na postagem sobre cervejas). Não que suicidio seja motivo de risada. porque não é, eu sei bem disso, mas esse bilhete é tão engraçado que não deve ser verdadeiro. Anyway... hoje é quinta, amanhã é o melhor dia da semana e é isso que importa!

Who wants to come together?

Antes de escrever sobre o assunto que me traz aqui hoje, tenho que fazer uma breve explicação, ou introdução, como queiram. Eu admito que assisto muita tv. Não tenho vergonha de admitir, sempre fui assim, o que nunca me impediu de apreciar igualmente, ou até mais, atividades mais convencionais como a leitura (que eu adoro, e se tivesse que escolher, optava pela última). Mas estou dizendo isso pela seguinte razão: eu assisto, entre outras coisas, American Idol. E gosto. E passo a gostar dos caras que cantam lá. Fazer o quê?



Enfim, o fato é que há umas semanas atrás, os competidores tinham que cantar músicas dos Beatles. Uma das participantes, uma irlandesa simpática chamada Carly Smithson, que tem uma puta voz, cantou "Come Together". E eu achei bem legal, resolvi baixar no meu mp3 e desde então sempre ouço.



Um belo dia, estou lendo a Gloss (pois é, revista feminina cheia de inutilidades e futilidades, mas é bom de vez em quando espairecer) e óbvio que tinha uma reportagem sobre orgasmo. Toda revista feminina tem esse tipo de artigo (nem vou falar da Nova, que é ALGO...a desse mês, que vi na banca, tem escrito em letras garrafais SEXO ORAL, mil maneiras de satisfazer seu homem (ou algo assim)), e essa Gloss não é diferente. Mas o fato é que tinha um quadrinho do lado da reportagem em si que falava que muitos afirmam que a música Come together fala sobre isso, pois a palavra "come" em inglês significa vir, vamos (e variantes) mas também significa gozar. Então Come together seria, em tradução literal, ou "vamos juntos" ou "gozar juntos". E não é que faz sentido essa última opção? O refrão (que não é bem um refrão) é assim:
One thing I can tell you is
You got to be free
Come together, right now
Over me


No fim da música eles ainda ficam cantando "Come together... Yeah". Sinceramente, dei um procurada (onde? no google claro) e tem várias interpretações sobre essa música, que tem uma letra muito sem sentido. Li que tem partes que seriam sobre drogas, outra que seria sobre a Yoko, e muita gente dizendo que come together realmente é uma referência à orgasmo. Deve ser...E se for, tiro meu chapéu pros caras de terem sacado esse jogo de palavras, ainda mais em uma época em que o assunto não era cotidiano (não tinha revista com palavras como sexo, orgasmo, ereção e etc nas bancas da década de 60,70, imagino eu). Faz mais sentido se a gente pensar que os caras deviam dar muita risada compondo essas músicas e também porque é notório que eles faziam esses jogos de palavras como em "Lucy in the Sky with Diamonds", óbvia referência ao LSD.

Nunca fui muito fã dos Beatles. Gosto, mas talvez por entender muito pouco de música, não compreendo toda essa divinização deles. Com certeza devem ter revolucionado a música, quem sou eu pra dizer que sim ou que não. Mas depois dessa, passei a gostar mais daqueles quatro ingleses. Ou será que o fato de gostar dessa música tem um "quê "inconsciente? rsrsrsrs...

MSN e afins

Há uns dois dias, conversava eu com uma amiga e caímos, nem me lembro porque, no assunto msn e orkut. Falei pra ela que um dia pensei sobre esses novos meios de comunicação e como é engraçado o fato de que eles acabam criando novas maneiras de socialização e relacionamento. Alguns dos temas que me chamam a atenção são os seguintes:
1- Bloquear contatos - Essa opção é, na minha opinião, a pior das punições. Em regra, significa basicamente que tu não quer falar com a pessoa bloqueada. As razões podem ser diversas, inocentes até. Mas conversando com outras pessoas, vejo que é algo que ninguém quer que seja feito consigo. Eu particularmente quando começo a "falar" com alguém e quero manter o papo, bloqueio os outros contatos pois sou incapaz de manter várias conversas ao mesmo tempo. Mas já bloquei gente pra não falar mesmo. Penso, além disso, que dependendo do caso, reflete uma regra básica da vida real: quer fazer algo, faz bem. Se tu bloqueia alguém e não bloqueia algum conhecido em comum, tu vai descobrir pois esse alguem comum vai dizer "ah, to falando com ciclano, ele ta online" e o ciclano ta offline pra ti. Já passei por isso. Dá uma raiva desgraçada. Vontade de mandar a pessoa tomar no cú e todo tipo de xingamento similar. Penso que é como mentir: quer mentir, então faça bem, pq pior do descobrir que mentiram pra ti, é ver que a pessoa foi incapaz de tentar esconder direito, e tu fica com a sensação de, não só ter sido passada pra trás, mas que ainda por cima, foi tirada pra burra. Pensem nisso antes de bloquear alguém, queridos leitores.
2- Início de conversas. - Sempre motivo de conflito, pelo menos pra mim. Não suporto o fato de sempre puxar papo com alguém. Chega uma hora que o orgulho fala mais alto do que a vontade de manter contato. Tive experiências péssimas nesse assunto e hoje me recuso a ficar catando a pessoa. As vezes levo tempo, mas eventualmente largo de mão e passo a nutrir uma pequena raiva da pessoa. Percebi em conversas que muita gente partilha desse sentimento (o de não querer passar por chato e ficar sempre puxando papo, não o da raiva, que é coisa bem minha, que posso ser bastante rancorosa, infelizmente).
3- Demora na resposta - Como já disse, sou incapaz de manter mais de uma janela aberta. A minha incapacidade de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo vai além disso, mas no msn fica bem claro. Por isso, quando falo com alguém, falo só com aquela pessoa. Mas tem gente que mantém mais de uma conversa na boa, que não tem o mesmo problema que eu. Mas inevitavelmente as respostas vão demorar, tu manda a mensagem e fica esperando aparecer aquela coisinha dizendo "fulano está escrevendo uma resposta" e nada. As vezes tu sai, faz outra coisa, volta e nada. Fico agoniada com isso, mas é normal.
4-Tamanho dos diálogos - Eu não trocaria nunca uma boa conversa telefônica por msn, skype, qualquer dessas coisas. Mas como é muito mais em conta utilizar de meios de comunicação virtuais, acaba sendo bem mais utilizado do que a tecnologia inventada por Alexander Bell. Talvez por isso, tenho a tendência de escrever frases enormes, ao invés de mandar as coisas pingadas, tipo "ontem fui pra aula" manda msg - "encotrei a beltrana" manda msg, "ela me contou que ", manda msg...assim vai. Não consigo, tenho que fechar o raciocínio. Não sei se isso incomoda alguem, mas fazer o quê, sou assim.
O msn gera um novo tipo de relação, com suas próprias regras. Mas no fim, acaba sendo como no cotidiano mesmo. Relacionamento humano é sempre igual, independente da forma que é exercido.
Quando pensei no assunto, imaginando escrever algo no blog, pensei muito mais coisa. Mas talvez pelo fato de ter tomado um pack de cerveja e mais umas taças de vinho, estou mais lerda do que o normal.

Música e Memória

São onze horas da noite. Sexta feira. Estou em casa, de pijama, ouvindo música, falando no msn com os poucos que não tem força (ou sorte) de estar fazendo coisas mais divertidas. E nesse divagar, fico pensando em como a música marca nossas vidas.
Esses dias eu estava no ônibus com meu mp3. E começou a tocar "City of bliding lights" do U2, minha banda favorita. E começou a viagem no túnel do tempo: foi a primeira música do show da turnê Vertigo, que eu fui assistir em Buenos Aires no dia 01 de março de 2006. Bah, fica aquela sensação de flash back, porque vem à cabeça não só o show em si, mas a viagem, os lugares e pessoas que conheci. Pra mim, é impossivel ouvir essa música e não lembrar imediatamente daqueles dias.
E nesse pensar, fiquei lembrando de músicas que marcaram algo: um evento, uma pessoa, uma viagem, uma época. Algumas das que me vem à cabeça são as seguintes:
* Spending my time (Roxete) - essa é das antigas, somente compreensivel para quem viveu infância e/ou início de adolescência no início dos anos 90. Essa banda sueca era o hit do momento. E todas as reuniões dançantes, que começavam a acontecer (e bombar) tinham como ápice essa música. Um bando de criança da 4º série "dançando junto" ao som de "spending my time, watching the days go by, feeling so slow, a stare at the wall, what can i do, thinking of me too. im spending my time". Ninguém sabia o que significavam aquelas palavras, mas todo mundo adorava. Marcou especialmente a viagem feita pelo meu colégio às Missões, que foi muiiito legal, porque com 9, 10 anos, é um momento único viajar sem os pais, só com os colegas, pra longe (São Miguel era longe pacas pra minha cabeça) ficando em hotel sozinho. Tudo de bom!
*My heart will go on (Celine Dion) - tá, admitir isso é queimação de filme, mas essa música é bem especial pra mim, pelas seguintes razões: o filme Titanic (que todo mundo viu) estreou no Brasil em janeiro de 1998, apenas alguns dias antes de eu partir para minha viagem de 15 anos pela Europa (desculpa, mas é pra quem pode (ou podia, no meu caso)!. Assisti o filme um dia antes de ir. E lá, as viagens entre os países era feita de microonibus. Então, como tinha um rádio no micro, alguém da excursão comprou uma fita cassete (lembram?) do filme, e a tal música ficava tocando. Ficou marcada, foi inevitável. Quando o ônibus nos levou para o aeroporto de Viena (as vezes nem eu acredito na pomposidade que fica a frase quando posta assim "ah, quando estava em Viena") para nos trazer de volta, tava aquele clima melancólico de fim de viagem (que é uma merda) e a porra da música, que já é melancólica, começou a tocar...Ridículo, mas todo mundo meio que lacrimejou naquele momento.
* Umbrella (versão do Vanila Sky) - falando em viagens, eu baixei essa versão da música da Rihana no mp3 e ouvi muito em Buenos Aires esse ano. Até porque meu quarto ficava ao lado do "furdunço" todo do albergue, e quando eu queria dormir, colocava os fones de ouvido. Não sei porque, mas agora sempre que ouço essa música lembro daqueles 7 dias maravilhosos. Aliás, outra que lembra essa viagem é
* Kharma Police (Radiohead) - porque um belo dia, um alemão, cujo nome não lembro, pegou um violão que rodava pelo albergue e tocou essa música, que eu sequer conhecia. Achei linda, até porque o cara tocava muiiiito bem. Encontrei a música, baixei, e ouço sempre. Mas essa, ao contrário da supracitada, me dá uma sensação melancólica. Acho que talvez por ser mais lenta, me faz pensar no lado ruim do "voltar para casa" que, conforme postagens anteriores escritas logo após o retorno, não foi muito agradável pra minha pessoa. Mas é uma ótima música e acabei descobrindo que Radiohead é uma boa banda.
*Gone (Madonna) - não é famosa, é uma música do cd "Music" que eu ouvia sem parar lá pelos idos do ano 2000. Não traz boas lembranças, ouvia quando tava deprimida por, digamos, um coração partido (que triste!). Mas é bonita, uma pena que não é conhecida.
*Long Night (The Coors) - Tem coisas que não dá pra explicar muito. Eu comprei o cd que tem essa música no dia que fui ao cinema assistir "O dia depois de amanhã", aquele filme-catástrofe sobre o aquecimento global e tal. Agora toda vez que eu ouço essa música, que eu acho muito linda, me vem à mente cenas do filme!!!!! Como se fosse a trilha sonora. Vai entender...
*YMCA, Sandra Rosa Madalena, Macarena, Como uma deusa, e todas músicas trash imagináveis - lembram as festas memoráveis dadas na antiga "JJ&L House", apartamento do Joce, Lucas e João que foi palco de vários momentos memoráveis. Striptease, pseudo-beijos entre amigas, pegação de todo tipo...a galera se soltava naquelas festas, tudo na brincadeira (quando a gente fala assim e mostra as fotos, faz parecer que era um putaria, mas não era isso não!). Até hoje não sei quem eram os vizinhos dos guris, que nunca reclamavam do barulho que ficava até as 7 da matina. Bons tempos, quando todo mundo era feliz, todos se falavam, não havia briga, e éramos somente estudantes-estagiários que se divertiam muito.
Tem mais, muito mais. Mas essas são as que me lembro agora. Sei lá, agora já é quase meia noite e o dia hoje foi longo...mais uma sexta de merda no escritório (o dia mais cheio de prazos - terror dos advogados - e pepinos da semana). Se lembrar de mais, escrevo outro dia.