Verissimo...o Cara

Ando sem inspiração para escrever... Me pego pensando, de vez em quando, em assuntos interessantes, que me causam ímpetos momentâneos de escrita...mas logo passam.
Nesse desenrolar, recorro a algo que não passa de um subterfúgio preguiçoso: postar um texto de outra pessoa. Se bem que, essa não é "outra pessoa" qualquer, é ninguém menos que Luis Fernando Verissimo. Sensacional, genial, são alguns adjetivos para descrever esse cara. A capacidade e o talento de alguém ficam latentes quando vemos um texto sobre algo banal, sobre acontecimentos diários, tranformado em algo incrível. Assim faz esse autor gaúcho, maravilhoso, mas que, como todos os seres humanos possui defeitos, afinal, é colorado!
Antes de "plagiar" o texto, tenho que contextualiza-lo. É uma crônica retirada do livro " O suicida e o computador" de 1992. Ficará óbvia a data com a leitura do texto, mas enfim...fica a dica para quem quiser algo leve mas com "sustância".
Regimes
O tal plebiscito para saber que tipo de regime a gente quer parece que não vai, afinal, ser antecipado. De qualquer maneira, é bom você estar previnido e, acima de tudo, informado. Tome nota. Os três regimes possíveis são:
Monarquia (do grego mono archia ou governo de um macaco só). Sistema político em que um só homem usa a coroa, o mantro, o cetro, e, em alguns casos, os sapatinhos de cetim do poder e os outros morrem, mas morrem de inveja. As monarquias podem ser absolutas ou constitucionais. A diferença é que no primeiro caso o monarca se diverte muito mais. No Brasil nós tivemos um imperador, Dom Pedro Segundo, pertencente a uma das mais antigas famílias reais da Europa, os Segundos, que foi derrubado pelo Marechal Deodoro da Fonseca e obrigado a se exilar. Isto causou muita confusão na época, porque os dois usavam a mesma barba e Dom Pedro insistia em viajar com ela. O baile da ilha fiscal é comumente apontado como símbolo da insconsciência de uma aristocracia alienada e condenada, que ao sair do baile encontrou nas ruas, em vez de táxis, a república. Foi ali, segundo muitos historiadores, que a monarquia brasileira acabou. Outra corrente sustenta que a monarquia realmente acabou ali, mas a República não começou e o que continuou e tomou conta do país foi o baile (nota: sensacional!).
República (do latim res publica ou vaca conhecida). Presidencialista. Nome dado a sistema político onde o governo é eleito pelo povo e derrubado pelos militares, enquanto o rei fica rindo da gente e dizendo "Bem feito" (nota: melhor definição ever). Numa república todos são iguais perante a Lei, mas é só ela virar as costas que fica um querendo tirar vantagem do outro. Volta a Lei e todo mundo esconde as armas e o baralho e faz cara de inocente, alguns até assoviando. A república presidencialista também pode ser descrita sucintamente como "isso que está aí". Também é o que tem nos Estados Unidos, mas não há comparação possível porque eles ganham em dólar.
República parlamentarista. É o que eles na Itália, onde só dá certo porque quem realmente manda no país é Assunta la Mamma Vermicelli, que, sobe gabinete cai gabinete, mantém a concessão do cafezinho e desconta vales no quiosque do parlamento. O traço comum a todas as repúblicas, tanto a presidencialista como a parlamentarista, é a saudade da monarquia, tanto que quem se destaca numa república é logo chamado de rei disto (como o Manuelão Tripé) rei d'aquilo.
Pronto. Você já pode fazer uma escolha inteligente.

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