"Foi o que fiz", diz minha memória. "Eu não posso ter feito isto", diz meu amor-próprio, e ele não desiste. No fim das contas, é a memória que cede.
Nietzsche em Além do Bem e do Mal...de novo
Felizes aqueles que possuem um amor-próprio fortalecido. Assim, apesar de viverem na ilusão, conseguem transpor as merdas feitas e, consequentemente, soterrar a memória. O meu amor-próprio, coitado, nem isso consegue...então vivo sempre com a memória, racional e muitas vezes cruel. Dá para ser otimista assim? Não, não dá...
O meu diálogo seria assim: "Foi o que fiz", diz minha memória. "Eu não posso ter feito isto", diz meu amor próprio. A memória diz novamente "Sim seu imbecil foi tu que fez aquela merda". Ao que o amor-próprio responde "Puta merda, pior que fiz mesmo...". No fim das contas, a minha memória nunca cede.
Bom feriado a todos.

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