Insight

O Grêmio acabou de perder a vaga na final da Libertadores. Foi patético. E o pior? Eu acreditei – irracionalmente – que poderíamos ganhar. Não era totalmente impossível. Contudo, bastava um pouco de conhecimento do histórico do Grêmio nesse ano para saber que seria muito improvável. Falta de qualidade, principalmente no ataque. O que dizer de um time que cria oportunidades, mas perde gols absurdos?

Pois então...mas um pensamento veio. E quero registrá-lo para que fique permanentemente na minha cabeça. Até o gol do Cruzeiro, eu acreditava, contra todas as possibilidades, que poderíamos conquistar a vaga na final. E depois...calma, serenidade completa. Simplesmente a realidade soterrou as expectativas sonhadoras. E então percebo: a realidade, muitas vezes, é menos danosa do que as expectativas que criamos. Como explicar isso?

Não sei.
O que sei? Que isso pode ser aplicado na vida. As vezes ficamos com medo de agir, de falar o que sentimos, de fazer o que queremos. E permanecemos inertes. Mas e aí? Será que essa inércia, que essa ilusão não é muito pior do que encarar a verdade? Penso, e quero que de alguma maneira eu possa interiorizar isso, que falta coragem para encarar certas coisas e que essa falta de coragem é burra. Enfrentar os problemas, os sentimentos de frente é muito pior que não saber. Eu sei disso, e experimentei isso hoje. Agora, eu preciso agir de acordo com essa constatação.

Quero mudar de emprego? Preciso mandar currículo, preciso fazer um curso, enfiar a cara nos livros e estudar para um concurso. Mais que isso: preciso tirar da minha cabeça que sou pior que qualquer outro, que sou burra, que sou limitada. Meu medo de estudar, de me dedicar e não passar me amedronta tanto que me deixa paralisada. Por conta disso, permaneço numa profissão que detesto. Por outro lado, preciso de dinheiro, e a realidade, nesse caso financeira, paralisa.

Isso é difícil... fácil, porém, se comparado com outras coisas. O que fazer quando não sabemos o que fazer com um sentimento? Abri-lo? Exteriorizá-lo? Como fazer isso se muitas vezes sequer entendemos o que sentimos? E os riscos? De perceber que estamos fazendo uma bobagem, nos expondo ao ridículo? Mas esse medo, não é pior do que não encarar a verdade? Essa não é a única maneira de conseguir, simbolicamente, enterrar alguém e seguir em frente? O luto, por obvio, só vem após uma morte. Sem a morte, não há como superar a dor. Agora, esperar a morte, que é inevitável, e imaginar, erroneamente, que podemos superá-la, não é a maior das burrices?

Não sei...que eu tenha forças para interiorizar isso.

E que o Grêmio contrate novos jogadores para ter esperança de conseguir alguma porra de titulo.

Um comentário:

MEMÓRIAS disse...

complementos em:

http://memoriasdomeuesquecimento.blogspot.com

hehehehehe!!!

bjo,