Ela: a raiva

Durante muito tempo construí uma história em cima de um castelo destruído
E pra fugir dessa realidade dura eu já encontrei mais de mil motivos
Agora essas palavras de pessoas santas parecem música nos meus ouvidos
Já que ficou quase insuportável ouvir a voz dos meus olhos aflitos
De tanto chorar depois que a festa acabar
Se eu não me matar, talvez eu peça ajuda para voltar
Do lugar da onde despenquei feito um anjo que morreu de raiva
Na queda eu me despedacei mas eu já me permito mudar
Olhei ao meu redor para reconstruir meu castelo caído
Pra viver de bons momentos sem ter que ter os olhos escondidos
Já fiz até um testamento que não tem nada, nada, nada escrito
Já que a minha maior herança é a que eu vou levar comigo
Pra evoluir, depois que o terror passar
Se eu não suportar talvez eu peça ajuda pra voltar
Do lugar da onde despenquei feito um anjo que morreu de raiva
Na queda eu me despedacei mas eu já me permito mudar
Esse meu ódio é...
Meu ódio é...
O veneno que eu tomo querendo que o outro morra...


Letrinha de música para pensar.
Adoro essa frase, que se não me engano é de Shakeaspeare. O ódio é um veneno que tomamos. Mas a raiva...ah a raiva...essa eu acho que funciona que é uma beleza para nos mover em frente.
Eu de vez em quando me emputeço com várias coisas, pessoas e comigo mesma. E nessas horas, parece que mexe em algum lugarzinho lá dentro que pensa "ô bosta, agora eu ponho pra quebrar". A raiva, pra mim, funciona como impulsionador motivacional.
Porém, ela tem limite. Porque a raiva dura pouco. Geralmente, após ela, vem a tristeza e a sensação de fracasso. Porque ela é rápida e nem sempre - ou quase sempre - conseguimos fazer o que deve ser feito em seu tempo de duração.
Mas devemos aproveitar. Que seja eterna enquanto dure, como tudo na vida.

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