Poupar para Viajar!

Viajar é tudo de bom.
Há exatamente um mês, estava eu passeando pelas ruas da capital européia da América Latina: Buenos Aires...E como foi bom!!!
O simples ato de caminhar, pegar um ônibus, entrar em um supermercado, tudo fica diferente, mais divertido, pelo simples fato de tu seres um estrangeiro naquele lugar (estrangeiro no sentido de "não dali"). A minha vida durante aquela semana foi oposta à minha rotina: acordar cedo não era um fardo, dormir tarde por causa do barulho era ótimo, caminhar horrores e ficar com os pés e tornozelos virados num "que que é isso" era mero efeito colateral...Tudo tinha um gostinho melhor.
Não sei explicar as razões para essa mudança de perspectiva radical que acontece em viagens. Certamente há alguma explicação antropológica para esse tipo de coisa, mas eu não sei e nem quero saber...Só sei que enquanto existem pessoas que querem trabalhar para comprar coisas (tvs LCD, carros superpotentes, roupas de marca, móveis luxuosos, etc) eu só tenho um objetivo (além de pagar as contas do mês, é claro) : poupar para viajar. Isso sim é qualidade de vida para mim!
Estou escrevendo isso porque desde ontem estou muito nostálgica e saudosista...queria não ter voltado de lá, não só pela cidade, mas pela experiência de ficar em albergue e pelas pessoas que conheci nele. Mais do que isso, tenho absoluta certeza de que essa vontade de voltar (e a vontade de não ir embora enquanto estava lá) tem uma explicação mais racional e incômoda: talvez eu simplesmente não goste da minha vida aqui. Simples não? Veja bem, o desejo de estar em outro lugar demonstra que o lugar em que estamos não nos satisfaz...Pois bem, e aí? O que eu faço com essa constatação?
Para ser honesta, queria pegar minhas malas e me mandar...Mas meu lado "pé no chão" não deixaria isso acontecer...não gastei uma nota fazendo faculdade, me formando pra largar tudo...Tenho minha mãe, minha vida...Então fico aqui.
Maaaaaaaaaaaaaasss....viajar eu posso! E por isso volto à idéia original do texto: poupar para viajar! Porque se não dá para fugir permanentemente, que dure pelo menos uma semana e me deixe boas lembranças como Buenos Aires deixou.

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