Motivada pela última postagem, fiquei pensando sobre a vontade de ir embora e como de fato algumas pessoas o fazem. Nos últimos meses de 2007, uma pessoa próxima ficou em um dilema que consistia em permanecer em Porto Alegre, com sua vida, família, amigos, faculdade e planos ou ir embora, ficar com a pessoa que descobriu amar. Ele pegou as malinhas e se fué! Nem preciso dizer que essa atitude, aos olhos de todos que estavam acompanhando a saga, foi um loucura, para dizer o mínimo.
Porém, fiquei pensando no que escrevi, que desde que voltei de Buenos Aires tenho vontade de pegar tudo e ir embora e como isso pode ser um reflexo da insatisfação com minha vida. Pois bem, fiz o link e pensei que esse amigo talvez sentisse o mesmo, uma insatisfação tremenda com os rumos que seguia aqui em POA. E se for esse o caso, talvez as críticas feitas à decisão dele sejam precipitadas.
Existem pessoas que gostam de uma rotina, de viver sua vida, com seus amigos, trabalhando, tendo sua casinha, suas coisas, etc. Outros gostam mesmo é de mudança, são avessos à rotina, à ordinariedade da vida. E tem, óbviamente, os que ficam entre os dois. E eu me enxergo assim porque embora goste de ter meu canto com minhas coisas (livros, dvds, fotos, roupas, quadros) e de valorizar muito minha familia e amigos, no íntimo eu sei que se ficar a vida inteira em uma mesma cidade, fazendo a mesma coisa vou enlouquecer. O "problema" é que meu lado racional tende a ser mais forte do que o emocional, e as consequências dessa racionalidade resultam em arrependimentos terriveis, que me perseguem. O clichê que diz que é melhor se arrepender do que tu fez do que não ter feito é a mais pura verdade; eu posso dizer, sem sombra de dúvidas, que não tenho arrependimentos a não ser de não ter feito muiiiiita coisa por falta de coragem ou por medos e traumas que me bloqueiam. Meu maior medo é que os anos passem e eu me encontre aqui, nessa cidade grande mas provinciana, fazendo o mesmo trabalho, vivendo a mesma vidinha de sempre, sonhando em conhecer o mundo. As vezes penso que eu tinha que mandar a puta que pariu as idéias corretas que dizem para ficar aqui, tentando fazer valer o esforço (entenda-se, valor financeiro e profissional) que tive para me formar e cuidando da minha mãe, em uma inversão de papéis familiares decorrentes do AVC dela que me esgota até o último fio de cabelo.
Haverão aqueles que dirão que essas idéias são pensamentos adolescentes, juvenis e imaturos...Talvez... só posso dizer com certeza que sinto isso desde cedo... embora seja a primeira vez que exteriorize esses sentimentos, eles sempre estiveram presentes. Só sei que não me importo em ter 25 anos e continuar com sonhos "adequados"à pessoas de 15, desde que eu possa usar a maturidade e as coisas que a vida me ensinou na porrada para concretiza-los.
Portanto, que ninguém se surpreenda se em um futuro próximo eu surtar e largar tudo.
Porém, fiquei pensando no que escrevi, que desde que voltei de Buenos Aires tenho vontade de pegar tudo e ir embora e como isso pode ser um reflexo da insatisfação com minha vida. Pois bem, fiz o link e pensei que esse amigo talvez sentisse o mesmo, uma insatisfação tremenda com os rumos que seguia aqui em POA. E se for esse o caso, talvez as críticas feitas à decisão dele sejam precipitadas.
Existem pessoas que gostam de uma rotina, de viver sua vida, com seus amigos, trabalhando, tendo sua casinha, suas coisas, etc. Outros gostam mesmo é de mudança, são avessos à rotina, à ordinariedade da vida. E tem, óbviamente, os que ficam entre os dois. E eu me enxergo assim porque embora goste de ter meu canto com minhas coisas (livros, dvds, fotos, roupas, quadros) e de valorizar muito minha familia e amigos, no íntimo eu sei que se ficar a vida inteira em uma mesma cidade, fazendo a mesma coisa vou enlouquecer. O "problema" é que meu lado racional tende a ser mais forte do que o emocional, e as consequências dessa racionalidade resultam em arrependimentos terriveis, que me perseguem. O clichê que diz que é melhor se arrepender do que tu fez do que não ter feito é a mais pura verdade; eu posso dizer, sem sombra de dúvidas, que não tenho arrependimentos a não ser de não ter feito muiiiiita coisa por falta de coragem ou por medos e traumas que me bloqueiam. Meu maior medo é que os anos passem e eu me encontre aqui, nessa cidade grande mas provinciana, fazendo o mesmo trabalho, vivendo a mesma vidinha de sempre, sonhando em conhecer o mundo. As vezes penso que eu tinha que mandar a puta que pariu as idéias corretas que dizem para ficar aqui, tentando fazer valer o esforço (entenda-se, valor financeiro e profissional) que tive para me formar e cuidando da minha mãe, em uma inversão de papéis familiares decorrentes do AVC dela que me esgota até o último fio de cabelo.
Haverão aqueles que dirão que essas idéias são pensamentos adolescentes, juvenis e imaturos...Talvez... só posso dizer com certeza que sinto isso desde cedo... embora seja a primeira vez que exteriorize esses sentimentos, eles sempre estiveram presentes. Só sei que não me importo em ter 25 anos e continuar com sonhos "adequados"à pessoas de 15, desde que eu possa usar a maturidade e as coisas que a vida me ensinou na porrada para concretiza-los.
Portanto, que ninguém se surpreenda se em um futuro próximo eu surtar e largar tudo.
Um comentário:
Bom saber!
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