Será que a gente realmente pode mudar quem é?
Não sei bem porque escrevo sobre isso hoje. Na realidade, gosto de pensar que mudei bastante nos últmos meses. Tá, talvez não bastante, mas um tantinho. Mas esse pouco faz muita diferença no dia a dia e na forma de encarar a vida.
Enfim, volto à pergunta inicial: podemos mudar nossa personalidade? será que conseguimos algum dia nos livrar dos hábitos ruins, das manias, dos traumas? Ou somente passamos por fases, esperando o primeiro acontecimento que nos leva a estaca zero?
Ano passado tive uma fase muito reflexiva, quase depressiva na real. Foi a época de leituras densas, como o maravilhoso livro que originou o nome desse pobre blog, e de O estrangeiro, do Albert Camus. Ambos geraram postagens aqui. E nesse último livro, que conta a história de Mersault, o cerne reside nesse tópico, sendo que a conclusão é de que não mudamos quem somos. We are who we are.
Nunca podemos saber como reagiremos às situações que a vida nos traz. Só vivendo mesmo. Podemos nos surpreender com a força que não sabíamos ter. E quando a gente cai e levanta, é que percebemos do que somos capazes. Mas a questão não é se conseguimos levantar, mas como reagimos depois da queda e da consequente "levantada" (péssima palavra mas não me ocorre expressão melhor). E aí, a gente se encontra de novo, cometendo os mesmos erros, se iludindo com as mesmas coisas...Não sei, talvez a maioria das pessoas seja mais normal do que eu (tá, normal é um conceito complexo), que fico perdendo tempo as onze da noite escrevendo merda. Só sei que nada sei, como diria Sócrates (parafraseado, claro).
Só o tempo dirá o que aprendi com essa minha vida. Só o tempo dirá se finalmente me livrarei das minhas amarras (ui, que profundo). Por enquanto, vai tudo na paz. Porém, numa paz hipotética, pois muitos planos e desejos permanecem apenas no papel (as vezes na internet, rsrs). Qualquer dia desses, eu jogo tudo pro ar, pego a malinha e vou ver qual é desse mundo que dizem ser tão fantástico.
No meio tempo, dentre bobagens e divagações, faço o que posso, que é planejar pra onde vou nas minhas férias...Isso, não importa o que aconteça, vai ser. Nem que eu pegue meus trapos sozinha, vou dar um tempo e conhecer outros lugares, diferentes desse meu universo porto-alegrense. Afinal, por isso Deus inventou o cartão de crédito!


